Ingrediente especial

Nada como reunir os amigos pra se desestressar, como hoje a noite. Acho muito bom ficar perto de quem se importa com você. Falar quase que literalmente o que vier na cabeça, coisas triviais, do cotidiano, que as vezes passam meio desapercebidas. Coisas como cabelo na comida. Isso definitivamente é um dos piores acidentes domésticos que pode infernizar a vida de um feliz cidadão e deve já ter acontecido com quase todos os esfomeados. Eu sei que desde pequeno a minha mamãe me diz: "Menino, pare de estudar um minutinho só, e vá jogar um pouco de videogame!" "Menino, se estragar comida, papai do céu briga!"; mas é muito difícil, até pra alguém bastante determinado, continuar a comer normalmente como se nada tivesse acontecido. E o pior de tudo é que as vezes quando eu encontro um cabelo na comida, como debaixo do queijo da pizza ou dentro da massa de um bolo (argh, fui longe demais), eu fico imaginando como aquilo alí foi parar na minha, até então, apetitosa comida. Imagino como se tivesse uma câmera minúscula amarrada no fio de cabelo e ele viajasse quilômetros de distância pelo vento, de um lugar muito distante (que nem uma sementinha do mal), como por exemplo da barba do Papai Noel lá do Iguatemi até a minha tigela de sucrilhos. Enfim, acho que a moral da história é que cabelo nem sempre é um bom ingrediente, além de que as mulheres deviam preferir homens carecas.

Não gostaria de tomar sorvete com o Chewbacca.